
Um jovem médico abre os olhos, se vê num leito hospitalar, fita a estranha a sua frente e diz: ‘Não era para eu estar aqui”. Ela responde: “Eu entendo que agora você esteja frustrado e me odiando, mas um dia vai me agradecer”. O diálogo ocorreu há três anos entre o morador de um condomínio na zona sul e a síndica profissional Juliana Moreira. Tendo abandonado o tratamento contra depressão, ele tentou se matar. Antes, despediu-se dos entes queridos, no interior da Bahia, por rede social. Juliana ficou sabendo da ideação suicida, arrombou a porta da unidade, o colocou no carro, levou ao hospital e permaneceu do seu lado por dois dias até que a família conseguisse chegar em São Paulo.