O Sindico Profissional é um indivíduo externo ao condomínio encarregado de supervisionar e manter a gestão e a harmonia do espaço condominial. Geralmente, sua atuação se torna necessária quando as demandas se tornam tão abrangentes que um síndico morador não pode administrar a tempo inteiro, dedicando-se exclusivamente às necessidades e solicitações do condomínio.

O Sindico Profissional assume a responsabilidade pelo pleno funcionamento do condomínio, garantindo que as regras estabelecidas no regimento interno sejam cumpridas e zelando pela manutenção das instalações e demais aspectos do local.

Entre suas principais atribuições, destacam-se:

1. Apresentar relatórios financeiros à assembleia;
2. Gerenciar a contratação de seguros para os edifícios;
3. Defender os interesses dos moradores;
4. Convocar reuniões condominiais;
5. Mediar conflitos entre moradores, quando necessário;
6. Supervisionar a equipe de funcionários do condomínio;
7. Manter o controle financeiro e lidar com questões burocráticas;
8. Garantir o cumprimento e a fiscalização das regras condominiais;
9. Representar legalmente o condomínio em assembleias e eventos relevantes;
10. Cobrar as contribuições dos moradores e aplicar multas, quando apropriado.

A atuação do Sindico Profissional desempenha um papel crucial na garantia de uma administração condominial eficaz e na promoção da harmonia entre os moradores.

De acordo com a legislação da área, não há diferenças formais entre o síndico profissional e um morador que assume o cargo de síndico. No entanto, as circunstâncias de um ser morador do condomínio que administra e o outro ser um indivíduo externo trazem características relevantes para o desempenho da função.

Em primeiro lugar, o síndico profissional é um especialista na área e, geralmente, atua em mais de um condomínio simultaneamente, o que resulta em um desempenho e qualificações que proporcionam resultados superiores.

Além disso, por não ser um residente constante no ambiente condominial, o síndico profissional é capaz de obter uma perspectiva mais minuciosa e criteriosa das necessidades do espaço.

Se o seu condomínio abriga um grande número de moradores em um complexo habitacional extenso, a presença de um síndico profissional se torna verdadeiramente essencial. Abaixo, apresentamos motivos pelos quais o seu condomínio deveria considerar a contratação desse profissional, que desempenha um papel crucial na organização do local. Confira:

Vantagens: Você já imaginou ter moradores insatisfeitos com a administração do condomínio, bem como com a execução de obras e manutenções dentro das instalações?

Portanto, listamos a seguir os motivos pelos quais a contratação desse profissional é vantajosa:

1. Remuneração fixa: Independentemente das flutuações nas despesas condominiais, a remuneração do síndico profissional permanece constante.

2. Conhecimento técnico: Com um profundo conhecimento das leis e uma vasta experiência, esses profissionais enfrentam os desafios da gestão com facilidade.

3. Imparcialidade: Por não residirem no condomínio, eles não têm laços emocionais que possam favorecer qualquer morador ou funcionário, o que garante uma abordagem imparcial.

4. Prestador de serviços: A relação com o síndico profissional é exclusivamente profissional, o que evita situações constrangedoras em caso de demissão.

Em termos gerais, qualquer indivíduo que possua as qualidades adequadas para a posição, juntamente com a formação e cursos necessários, pode se tornar um síndico profissional.

Entre as aptidões requeridas, um síndico deve possuir habilidades de liderança e demonstrar proficiência em conceitos de gestão e administração.

Mas o que é essencial para se tornar um síndico profissional? Entre as diversas responsabilidades destacadas ao longo deste artigo, enfatizamos a seguir os pré-requisitos fundamentais para que um síndico profissional alcance sucesso em seu papel:

1. Ter empatia, serenidade e postura para mediar conflitos quando necessário.
2. Ser um profissional organizado e disciplinado, sobretudo ao trabalhar de forma independente.
3. Possuir excelentes habilidades interpessoais, mantendo relacionamentos positivos com os moradores e prestadores de serviços do local.
4. Demonstrar afinidade com áreas essenciais para o desempenho da função, incluindo administração, contabilidade, finanças, recursos humanos e até mesmo conhecimentos jurídicos.

Juliana Moreira começou a carreira atuando como corretora de seguros. Depois, abriu uma administradora de condomínios. Com uma ótima leitura das necessidades do mercado, percebeu a oportunidade de atuar como síndica profissional, com foco em empreendimentos de luxo.

“Entendi que havia um espaço para atuar como síndica em condomínios com necessidades complexas e com um público que não queria mais assumir esse desafio”, explicou Juliana Moreira.

Para Juliana, o maior desafio da sindicatura profissional é lidar com pessoas.

“Se eu puder dar uma dica para quem está começando é essa, faça terapia e busque um treinamento de como lidar com as pessoas. Entender que o conflito não é pessoal, que às vezes o condômino te liga muito bravo, muito nervoso, mas o problema não é com você, é com a situação. Se prepare para receber críticas e entenda que são poucos os elogios”, exemplificou a CEO.

Diferencial

Com um mercado cada vez mais competitivo, é fundamental que cada síndico traga algo que seja a sua assinatura para a sua sindicatura profissional.

Para Juliana, um valor essencial é a uniformidade do serviço prestado nos condomínios.

“Um padrão, uma metodologia de trabalho de quando a gente pega um condomínio, é essencial. A gente entende cada empreendimento com o seu perfil específico. Mas como a gente atende deve seguir um padrão. Eu errei muito até chegar nesse padrão, que foi desenvolvido durante muitos anos”, explicou ela ào SíndicoLab.

“Sempre falo que a ideia é criar um McDonald’s da sindicância. O mesmo Big Mc deve ser servido em qualquer lugar que você coma. Todas as lojas devem ter o mesmo lanche. Não importa o tamanho do cliente, o perfil do condômino, todos os clientes atendidos pela Sindicompany tem uma experiência única de atendimento. Em alguns clientes, conseguimos fazer até uma experiência olfativa: você entra no empreendimento e sabe que ele é cuidado pela Sindicompany. São nesses pequenos detalhes que fazemos a diferença”, aponta Juliana.

Na região mais verticalizada do país, o que não faltam são oportunidades no mercado condominial. Começar, porém, pode ser um desafio.

Para quem está começando, Juliana traz dicas de um caminho a percorrer.

“Como em qualquer profissão, temos uma carreira a seguir. E há alguns degraus para alcançar. Então, para quem está interessado em entrar no mercado, comece como assistente administrativo em um condomínio. Assim você vai entender a dinâmica do condomínio. Depois, trabalhe como preposto em uma empresa maior, para entender a importância de se contar com uma estrutura. Conquiste um condomínio pequeno. Não tenha pressa de começar com um condomínio-clube, com diversos problemas”, ensina.

Isso porque, ao passar por todas essas fases, o candidato a síndico profissional vai adquirir uma série de vivências e conhecimentos sobre o que significa ser síndico profissional – e como toda a cadeia atrás dele deve funcionar bem para que o condomínio também funcione bem.

Normalmente, a supervisão das finanças do síndico profissional é conduzida pelo conselho fiscal do condomínio, que monitora os gastos e os serviços prestados pelo profissional.

Além disso, os próprios moradores e fornecedores que atuam no local têm a possibilidade de avaliar o desempenho do síndico, apontando áreas que podem ser aprimoradas em suas responsabilidades.

Em casos em que ocorre a vacância do cargo de síndico, que normalmente é ocupado por um membro natural do condomínio, seja devido ao tempo exigido para exercer essa função, à falta de uma remuneração adequada para assumir a responsabilidade ou ao desinteresse dos condôminos, a solução viável é a contratação de um síndico profissional. Este profissional traz consigo a experiência necessária para alcançar os resultados adequados a cada tipo de condomínio, seguindo uma abordagem de gestão operacional eficiente.

O gestor, seja ele um zelador ou gerente predial, deve atender às demandas primárias de acordo com as regras preestabelecidas pelo regimento interno e pelos costumes do condomínio. O síndico profissional manterá uma comunicação contínua com o gestor, seja pessoalmente, por telefone ou por e-mail. Além disso, o síndico profissional estabelecerá um canal de comunicação direta com os condôminos, preferencialmente por e-mail ou durante suas visitas ao condomínio.

Certamente, o síndico profissional assumirá a responsabilidade pelo CNPJ do condomínio, carregando as mesmas obrigações atribuídas ao síndico que reside no local.

É fundamental estabelecer previamente os limites acordados e documentá-los em Ata, a fim de garantir a transparência na administração. Além disso, é importante observar as atribuições do síndico de acordo com o artigo 1.348 do Código Civil, Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002.

Normalmente, o síndico profissional deve prestar contas de suas ações, e para isso, pode estar subordinado ao conselho fiscal ou a uma comissão oficial de condomínios. É crucial que as atividades administrativas, financeiras, operacionais e legais sejam devidamente registradas em Ata. Isso inclui a representação do condomínio em órgãos públicos municipais, estaduais e federais, bem como em instituições privadas, bancos, concessionárias, entre outros.

A principal diferença entre o síndico e o gestor de facilities reside na natureza das suas funções. O síndico desempenha um papel estratégico e de gestão abrangente para o condomínio, enquanto o gestor de facilities concentra-se nos serviços e fornecedores contratados. O síndico é responsável por administrar e gerir o condomínio como um todo, atuando como representante dos condôminos conforme estipulado pelo Código Civil.

Por outro lado, o gestor de facilities lida com tarefas complementares relacionadas aos serviços prestados no condomínio, que beneficiam tanto o empreendimento quanto os moradores. Em resumo, o síndico cuida da gestão macro do patrimônio, enquanto o gestor de facilities gerencia as operações diárias, complementando o trabalho do síndico. Essa colaboração entre ambos é essencial para um condomínio bem administrado.

Considerando que ambas as funções se complementam, torna-se evidente sua importância em condomínios de maior porte e com uma gama mais ampla de serviços. Pensem na complexidade de gerir todas essas áreas em um grande condomínio de forma isolada. Isso poderia levar a negligências ou ao esquecimento de algum aspecto crucial.

Portanto, a presença de ambas as funções é essencial, permitindo a divisão de responsabilidades e o aproveitamento máximo da experiência de cada profissional em prol do condomínio.

No entanto, é relevante observar que a função de gestor de facilities não é mandatória em condomínios, ao contrário do papel de síndico, que é previsto pelo Código Civil. Dessa forma, cabe ao síndico ou aos condôminos apresentar essa ideia em assembleia e debater a necessidade desse profissional no contexto do condomínio.

Para otimizar a complementaridade de suas responsabilidades, o síndico e o gestor de facilities devem estabelecer uma sólida colaboração. Enquanto o gestor de facilities lida com questões como manutenção, limpeza, segurança e outros aspectos operacionais, o síndico continua sendo o representante eleito do condomínio, encarregado de aprovar contratações, decisões financeiras, contratos e outras questões cruciais.

Portanto, é de extrema importância que o gestor de facilities mantenha uma comunicação aberta com o síndico e tome decisões sempre em concordância com este último. Ao alinhar suas ações e desempenhar suas funções de maneira colaborativa, visando assegurar o funcionamento adequado do condomínio e a qualidade de vida de todos os moradores, o condomínio só tem a ganhar.